quarta-feira, 24 de junho de 2009

OFICINA TP 4 - Santo Antônio do Leverger

















A oficina da TP 4 – Língua Portuguesa - em Santo Antônio do Leverger aconteceu dia 25/05. Apesar dos professores-cursistas terem recebido o material nesta data, se empenharam para desenvolver as atividades propostas. A poesia “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade serviu de inspiração para os cursistas homenagearem sua cidade, colocando na atividade a canção “Ô Leverger que vivo a te adorar...”; fato que deve ser ressaltado, porque a cultura regional local deve ser valorizada por toda comunidade escolar.







PROFESSORAS FAZEM A EXPOSIÇÃO






















OFICINAS TP 4 -CEFAPRO 27/5




A oficina do Gestar II de Língua Portuguesa, polo Cefapro (matutino) começou depois dos outros polos, devido a necessidade de alguns professores que não dispunham de tempo nos outros horários oferecidos.
Esta produção é Avançando na Prática da TP 4 página 41.

sábado, 13 de junho de 2009

Faz bem saber

Mato Grosso serve de exemplo para formulação do Plano Nacional de Formação de Professores
O Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, lançado na quinta-feira (28.05), em Brasília, é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), que possibilitará a formação superior de 330 mil professores que já atuam na Educação Básica, sem a devida qualificação, em todo o país. A Educação Pública de Mato Grosso teve papel relevante na formulação deste plano. As estratégias do Estado, para atender as demandas de formação inicial e continuada dos profissionais da Educação serviram de plano piloto para a formulação do plano nacional.

De acordo com o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, no ano passado Mato Grosso foi palco de uma reunião histórica do Ministério da Educação, realizada em maio, no Plenarinho da Federação das Indústrias e Empresas do Estado (Fiemt). Pela primeira vez, todo o alto escalão do MEC se reuniu fora de Brasília. O Estado foi escolhido pelo Ministério para iniciar a discussão, em todo o país, do atendimento da demanda da formação inicial e continuada no contexto do Plano de Ações Articuladas (PAR).

O PAR é uma ferramenta de gestão que viabiliza apoio financeiro e pedagógico aos municípios e é um dos programas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Mato Grosso foi um modelo para o MEC na implantação do PAR. Inicialmente o Ministério pretendia executar o plano somente nos municípios com menor Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) no país. São necessários diagnósticos da situação nos municípios para decidir os tipos de investimentos necessários. O Estado mostrou que seria possível fazer isso em todos os municípios, montando equipes com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A partir da experiência local, o MEC ampliou a abrangência do PAR.

O empenho da Secretaria de Estado de Educação em possibilitar que Mato Grosso fosse o primeiro estado brasileiro a elaborar e entregar o PAR ao MEC, foi motivo de elogio público do ministro Fernando Haddad. Ele esteve em Cuiabá no ano passado, participado da abertura da Conferência Estadual de Educação Básica. Segundo o secretário Ságuas, com o plano lançado agora, Mato Grosso em breve deve chegar perto de “zerar” a demanda de formação inicial de professores não graduados, além de acabar com a demanda de professores que lecionam em disciplinas fora de sua área de habilitação.

A qualificação dos professores que estão nas Redes Estaduais e Municipais será feita em regime de colaboração entre a União, Estados e Municípios. Conforme destacou, nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lançar o plano, um dos objetivos é estimular os milhares de profissionais que estão hoje desmotivados nas escolas públicas.

SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
(site: http://www.seduc.mt.gov.br/)

O Enigma em Fernando Pessoa



O Enigma em Fernando Pessoa

Se estivesse vivo, o poeta português faria 121 anos
"...Para que fosses nosso, ó mar!.."

"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus". O autor da estrofe é, simplesmente, um dos maiores poetas da Língua Portuguesa no século 20, com valor artístico comparado à Camões e Pablo Neruda. Às vésperas do aniversário de seu nascimento, 13 de junho de 1888, a obra deixada pelo poeta da terrinha continua emocionando e inspirando milhares de pessoas em todo o mundo.
A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre as suas obras, poemas, poesias e também sobre sua vida. Pessoa foi o o centro irradiador da heteronímia, auto-denominando o autor um "drama em gente". A história da existência deste poeta foi dedicada a criação em seu estado mais bruto e que, de tanto criar, criou outras vidas através dos seus heterônimos, o que foi a sua principal característica e motivo de interesse pela sua personalidade, aparentemente pacata e reclusa.
Alguns críticos repercutem se Pessoa realmente teria transparecido o seu verdadeiro Eu ou se os pensamentos deixados em inúmeros livros não seriam produtos, entre tantos de sua mente criativa. Ao tratar de temas subjetivos e usar a heteronímia, ele tornou-se enigmático ao extremo. Este fato é o que move grande parte das buscas para estudar a sua obra.
Pessoa fez um análogo à frase de Pompeu que disse que "navegar é preciso; viver não é preciso", Fernando afirmou no poema Navegar é Preciso, que "viver não é necessário; o que é necessário é criar". Outra interpretação comum deste poema diz respeito ao fato de a navegação ter resultado de uma atitude racionalista do mundo ocidental: a navegação exigiria uma precisão que a vida poderia dispensar.
Heteronômios- O nome de batismo Fernando António Nogueira de Seabra Pessoa não foi suficente para extravasar as diversas pessoas dentro de Pessoa. Entre heterônimos, pseudônimos e semi- heterônimos foram 72 nomes. Considera-se que a grande criação estética do poeta foi a invenção heteronímica que atravessa toda a sua obra. Os heterônimos, diferentemente dos pseudônimos, são personalidades poéticas completas: identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua manifestação artística própria e diversa do autor original. Entre os heterônimos, o próprio Fernando Pessoa passou a ser chamado ortônimo, porquanto era a personalidade original.
Os três heterônimos mais conhecidos do artista foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Um quarto heterônimo de grande importância na obra de Pessoa é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, importante obra literária do século XX. Usando de personalidades à parte, Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade. Este último fator possui grande notabilidade na famosa misteriosidade do poeta. "Na tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?".
O lado ocultista- "Pensar em Deus é desobedecer a Deus, porque Deus quis que o não conhecêssemos, por isso se nos não mostrou". Fernando Pessoa possuía ligações com o ocultismo e misticismo, com destaque para a Maçonaria e a Rosa-Cruz, chegando a defender publicamente as organizações de iniciação, no Diário de Lisboa de 4 de fevereiro de 1935, contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian Rosenkreutz". O misticismo era tanto que Fernando tinha o hábito de fazer consultas astrológicas para si mesmo, ele realizou mais de mil horóscopos.
Morte- A mão que conseguia traduzir como poucos os sentimentos inquietantes mais particulares de cada indivíduo parou seus movimentos em 30 de novembro de 1935. Pessoa morreu de cólica hepática aos 47 anos na mesma cidade onde nasceu. Há registros de que sua última frase escrita foi em inglês: "I know not what tomorrow will bring... " ("Não sei o que o amanhã trará").
Mar Português
(Fernando Pessoa)
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.."

quinta-feira, 11 de junho de 2009











A dinâmica do barquinho foi utilizada na primeira oficina do Programa Gestar II (módulo II), tanto no polo de Cuiabá (Escola André Avelino), quanto no polo do município de Santo Antônio do Leverger.
Esta atividade é bastante simples. Consiste em fazer um barquinho de papel, então o material utilizado é somente uma folha retangular (sulfite). Depois do barquinho pronto, pedimos para os professores-cursistas cortarem as três pontas do barco. Sendo que a primeira simboliza o medo; medo do novo e do desconhecido. A segunda representa os problemas e as dificuldades que encontramos dentro e fora da profissão. E a terceira, a falta de compromisso, pois sabemos que deve haver comprometimento de todos para alcançarmos os objetivos propostos.
Após esse passo, o cursista desdobra a folha, quando isso acontece surge uma camisa; então de um lado ele escreve o próprio nome, e do outro a frase a ser completada: “Eu visto a camisa do Gestar II porque....”, então o professor-cursista pode aproveitar a oportunidade para refletir a respeito da sua prática pedagógica, e a importância de se comprometer com o programa Gestar II.
Ainda, não se pode esquecer que a expressão vestir a camisa, tão usada nos campos de futebol, significa garantia de empenho, no caso do professor em aprimorar o processo ensino-aprendizagem.

E para quem não lembra bem de como se faz o barquinho, tem algumas fotos para ajudar.

domingo, 7 de junho de 2009

Este sim é um advogado de defesa....



Drummond sai em defesa de Nara

"Meu honrado marechal, dirigente da nação, venho fazer-lhe um apelo: não prenda Nara Leão.
A menina disse coisas de causar estremeção?
Pois a voz de uma garota abala a Revolução?
Narinha quis separar o civil do capitão?
Em nossa ordem social lançar desagregação?
Será que ela tem na fala, mais do que charme, canhão?
Ou pensam que, pelo nome, em vez de Nara, é leão? (...)
Que disse a mocinha, enfim, de inspirado pelo Cão?
Que é pela paz e amor e contra a destruição?
Deu seu palpite em política, favorável à eleição de um bom paisano isso é crime, acaso, de alta traição?
E depois, se não há preso político, na ocasião, por que fazer da menina uma única exceção? (...) Nara é pássaro, sabia?
E nem adianta prisão para a voz que, pelos ares, espalha sua canção.
Meu ilustre Marechal dirigente da nação, não deixe, nem de brinquedo, que prendam Nara Leão".
(Poema escrito e enviado por Carlos Drummond de Andrade ao então presidente do Brasil, Marechal Costa e Silva, em 1967)

20 anos sem Nara Leão





"Os militares podem entender de canhão e metralhadora, mas não pescam nada de política". Foi com essa frase dita no conturbado show Opinião que Nara Leão alcançou o sucesso e a popularidade no mundo da música. Ela foi, talvez, a primeira cantora a incorporar ao seu canto, um repertório de convocação política à resistência democrática recém iniciada no Brasil, alguns meses depois do golpe.

Bela e forte- Nara carregou por anos o rótulo de musa da bossa nova. O biógrafo Cabral acredita que num primeiro momento a cantora não passasse de um mascote do movimento. Foi quando, ainda adolescente, passou a reunir em seu apartamento a nata daquela geração, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e Ronaldo Bôscoli, entre outros, em torno de longas noites de voz, violão e bossa. "No começo o pessoal não acreditava muito nela, e ela própria tinha dúvidas sobre isso", aponta o escritor.
A dona de voz suave e discreta mas que fez mais barulho do que todos os outros integrantes da bossa nova, ao se aproximar do samba, nadou contra a maré e se engajou na luta por justiça social, tendo como principal arma, a música. Depois do golpe militar, Nara troca farpas com os militares, chegando quase a ser enquadrada na lei de segurança Nacional. Porque quando o assunto era oposição, não se tratava de eufemismos. Um dos ápices da biografia de Nara Leão veio quando em uma entrevista ela defendeu a saída dos militares do poder e para colocar mais pólvora na fogueira pediu a extinção das Forças Armadas no Brasil.
Tamanhos feitos renderam uma séria ameaça de prisão à cantora. Ela foi perseguida a ponto de fazer com que dezenas de intelectuais brasileiros fossem em procissão para sua casa, lhe prestar apoio. O poeta Carlos Drummond de Andrade foi ainda mais longe. Ele escreveu uma carta em forma de poema endereçado ao presidente, o Marechal Castelo Branco.
Nara Leão morreu na manhã de 7 de junho de 1989 vítima de um tumor inoperável aos 47 anos de idade. Seu último disco foi My foolish heart em que interpretava versões de clássicos americanos. O poeta Ferreira Gullar escreveu: "Sua voz quando ela canta, me lembra um pássaro mas não um pássaro cantando: lembra um pássaro voando".

sábado, 6 de junho de 2009

" Não confunda cultura com sabedoria. A cultura vem de fora para dentro, penetra pelos olhos e ouvidos e pode fixar-se ou não em nosso cérebro. A sabedoria, ao contrário, nasce de dentro de nós, e se exterioriza; surge no coração. (...) "

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oficinas: Santo Antônio do Leverger

Já tivemos dois encontros presenciais no município de Santo Antonio do Leverger.
O primeiro foi no dia 23/04, infelizmente também não foi possível dar sequência a todas atividades previstas, pois o material não havia sido entregue.
Mas podemos dizer que foi bastante proveitoso, porque todos os professores "vestiram a camisa do Gestar".
O segundo encontro dia 25/05, foi marcado pela entrega do material, e pela participação maciça dos professores das localidades rurais. Contamos com a presença de 31 professores de Língua Portuguesa. Resultado excelente!


A OUTRA METADE.

Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,

em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?

Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento.

Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho,

mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Mário Quintana.

(contribuição da querida amiga Adriana Tokashiki - formadora do Gestar II, Língua Portuguesa, Várzea Grande - MT)

Oficinas

Os encontros presenciais do Gestar II - polo André Avelino em Cuiabá tiveram início dia 4 de abril de 2009. Apesar de não podermos realizar todas as atividades previstas, porque o material não havia sido entregue, foi muito proveitoso porque os professores compareceram na sua maioria, este polo conta com 68 cursistas.
Foi realizada a dinâmica do barquinho, que depois de pronto temos uma "camisa", e todos têm a oportunidade de expor as razões pelas quais "veste a camisa do Gestar"!

Ofício: Professor

"Dar aula não é nada simples. Talvez seja a aprendizagem mais sofisticada que a espécie humana já concebeu".